Palestras do projeto “Justiça e Sobriedade no Trânsito” são realizadas no Hospital São José

O projeto é composto de 48 horas, sendo 8h de palestras e 40h de atividades auxiliares no leito hospitalar (Foto: Ary Portugal/PMSJP)

O terceiro ciclo de palestras do projeto “Justiça e Sobriedade no Trânsito”, que faz parte da ação integrada entre a Vara Criminal do Fórum de São José dos Pinhais, Polícia de Trânsito e Prefeitura, por meio das Secretarias de Saúde e de Transportes e Trânsito e que determina o cumprimento de penas alternativas a pessoas alcoolizadas, está sendo realizado no Hospital e Maternidade de São José dos Pinhais. Durante o dia, as pessoas sentenciadas pela infração de dirigirem após o consumo de álcool estão participando de palestras de conscientização, para, então, iniciarem os trabalhos voluntários dentro do hospital.

O projeto é composto de 48 horas, sendo 8h de palestras e 40h de atividades auxiliares no leito hospitalar. De acordo com Augusto Gluszczak Júnior, juiz de Direito da 2ª Vara Criminal de São José dos Pinhais e idealizador do projeto, o programa viabiliza uma pena mais educativa ao infrator. “Nós percebemos que as audiências demorava de um ano e meio a dois anos para acontecerem, e esse é um tempo que não pode ser perdido. A segunda percepção foi que tudo terminava com o sujeito pagando uma multa, mas isso não é suficiente para educar o infrator. Por isso, resolvemos criar uma ação que visa conscientizar os motoristas”, explica.

Esse programa envolve vários setores da comunidade civil, especialmente o Hospital Municipal de São José dos Pinhais, que vai agregar agilidade aos processos. Quem for julgado poderá cumprir a pena de embriagues ao volante por meio da prestação de pena alternativa no Hospital, onde o infrator vai poder conferir pessoalmente a realidade das pessoas vítimas de acidentes de trânsito.

As modalidades das palestras ministradas aos infratores são divididas em acolhimento e apresentação da estrutura do hospital; cuidados necessários; educação no trânsito; sensibilização e direção defensiva; manejo de como conduzir o paciente de maca e cadeira de rodas para fazer exames , no final, uma palestra com um grupo dos Alcoólatras Anônimos.

Segundo a assistente social Jeanine Ferreira de Paula, o projeto tem sido um sucesso. “Tem sido muito proveitosos. A segunda etapa do projeto é uma triagem, então, eu falo muito com eles sobre esse primeiro dia e tenho percebido que vão embora com outra cabeça. De todos que participaram do projeto até agora, 70% são pessoas com pouca informação e com pouca formação, então, tem sido bem útil”, explica ela.

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